quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Quando tropecei no Lince


Patrik Berg Almkvisth, ou LUCHS (Lince na língua alemã) como é mais conhecido, é um músico (e actor) sueco. A sua música é muito caracterizada pelo piano, e todas as suas composições são instrumentais. Em Dawning (2016) e Chasing Cloud Nine (2016), são muito mais influenciadas pelos seus estudos clássicos que a sua obra mais recente em Present Perfect (2017). 

LUCHS, diz que desde pequeno que a música faz parte da sua vida, o músico conta que uma das suas primeiras memórias é adormecer debaixo de um piano onde o seu pai tocava. Essa continuidade que o acompanhou através da Royal College of Music em Estocolmo, até aos dias de hoje, com a sua produção como LUCHS e como membro integrante das bandas Gone in the Sun and Join The Riot.




A primeira vez que ouvi LUCHS foi por mero acaso, aliás, tropecei naquela faixa em particular. Estava a saltar de música em música à procura de algo que me ajudasse a imaginar aquilo que me apetecia desenhar. Andava para trás e para a frente, mas não estava a ter muito sucesso até me aparecer aquele piano de Her Eyes The Stars. Primeiro pareceu-me quase uma canção de embalar, o piano parecia mesmo tocado pela ponta dos dedos -  como se fosse um segredo ou se tivesse de fazer muito pouco barulho. E era mesmo mesmo mesmo aquilo que eu queria. Para mim a música instrumental conta-me sempre uma história e vai variando cada vez que a oiço novamente. Esta era exactamente o que eu estava a precisar naquele momento. Conseguia imaginar-me deitada na relva a olhar para as nuvens. Depois de ouvir a primeira música foi fácil de ouvir o resto e digo que ainda bem que tropecei na dita da faixa.

Ana Patrícia Fragata

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